Novo álbum de Ricardo Vilas relembra canções de resistência da ditadura militar

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Em seu mais novo álbum, Canto de Liberdade, Ricardo Vilas comemora seus 50 anos como músico. Temático, o álbum traz canções que exploram a liberdade, Com quatorze faixas, o disco traz sete versões de clássicos da MPB da época da ditadura militar e sete faixas inéditas.

A música escolhida para a abertura do álbum não poderia ser melhor: Apesar de Você. O hino de resistência composto por Chico Buarque dá o tom do disco que deseja relembrar toda a repressão vivida durante os anos de chumbo, mas mantendo a esperança de um amanhã melhor. Em Ponteio, canção vencedora do 3º Festival de Música Popular Brasileira da TV Record em 1967, Vilas traz a viola para relembrar a época que não havia nem sombra, nem sol e nem vento.

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Em Canto de Liberdade, que dá título ao álbum, Vilas e Marquinhos de Oswaldo Cruz traz o mais puro samba carioca pra mostrar que deu a volta por cima. "Hoje eu canto um canto de liberdade e de fratenidade, desatando os nós da felicidade reprimida, semeando ventos pra romper as tempestades". Outra participação do disco é de Nilze Carvalho, na faixa Marcha da Quarta-Feira de Cinzas, de Carlos Lyra e Vinicius de Moraes.

Em Anjos, Vilas canta a história de Stuart Edgart Angel Jones, filho da estilista Zuzu Angel, e de sua esposa, Sônia Morais Angel Jones, assassinados por agntes o regime militar. Com a voz embargada, Vilas emociona ao relembrar a vida dos jovens que "como anjos ofendidos denunciaram os desmandos do desamor".

O álbum encerra com festa ao som de Aquele Abraço, canção que Gilberto Gil compôs para se despedir do Rio de Janeiro antes de ser exilado a Inglaterra. Aqui, Vilas continua ironizando o cenário atual da cidade.

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