Elementos da natureza são o tema de quatro exposições do CCC

por Filipe Fernandes

As telas-pipas de Patrícia Secco exploram a leveza do ar.
(Filipe Fernandes/Rio+Cultura)

Um ciclo de quatro exposições sobre elementos da natureza está a mostra no Centro Cultural dos Correios. Até o dia 27 de maio, os artistas plásticos Patrícia Secco, Richardo Hacchia, Dudu Garcia, e o fotógrafo Jaime Accioly exploram, respectivamente, o ar, o ferro, o carvão e os seres vivos. Dialogando entre si, as exposições apontam para uma interdependência entre os elementos naturais.

Patrícia representa o ciclo de vida das
borboletas na instalação Metamorfose.
(Filipe Fernandes/Rio+Cultura)
Na primeira exposição, Patrícia Secco explora a leveza do ar em dois ambientes. O primeiro se chama Revoada e traz uma série de telas em formato de pipas que remetem à infância da artista, representada também por uma escultura de um menino soltando uma pipa. Em outra sala, temos a instalação Metamorfose, em que Patrícia brinca com material reciclado a fim de reproduzir o ciclo de vida das borboletas..



Esculturas de Ricardo Hacchia
demonstram sua habilidade em
dominar o ferro.
(Filipe Fernandes/Rio+Cultura)
Em seguida é a vez de Richardo Hacchia apresentar suas esculturas de ferro que contrastariam com a leveza do ar se não fossem trabalhadas de modo a simular uma flexibilidade como uma dobradura de papel. Em outra sala, o artista traz a ostra Cavos e Vexos, em que realiza um estudo em cima de uma banheira, cortando seus pedaços e explorando suas formas curvilíneas.

A partir do carvão, Dudu Garcia propõe uma arte sombria. (Filipe Fernandes/Rio+Cultura)

Filipe Fernandes/
Rio+Cultura
Dando prosseguimento, Dudu Garcia nos leva a obras sombrias feitas de carvão vegetal. Suas telas/esculturas negras ressignificam pedaços de madeira morta a fim de criar uma arte que explora a vida. Conforme aponta a introdução do professor de História da Arte Hélio Márcio Dias Ferreira, a obra de Dudu é uma releitura de Caronte, o barqueiro que nos leva às profundezas do Hades, representado por uma das salas que se transforma em um portal para o submundo.

As fotos de Jaime Acioly brincam com
os detalhes das plantas.
(Filipe Fernandes/Rio+Cultura)
Essa viagem ao inferno termina com a exposição de Jaime Acioly, que nos apresenta novamente à vida, na mostra Seres. Uma série de fotografias superampliadas revelam detalhes de plantas que se assemelham a formas de animais.

Ar/Carvão/Ferro/Seres
Centro Cultural dos Correios - Rua Visconde de Itaboraí, 20, Centro (2253-1580).
De terça a domingo, das 12h às 19h.
Até 27 de maio.
Entrada franca.
Classificação livre.

Comentários