por Filipe Fernandes
Uma série sobre os dilemas do século XXI. Esse é o melhor jeito de definir Easy, série da Netflix que já está na segunda temporada. De cara, podemos comparar Easy com Black Mirror. Primeiro pelo formato de antologia, e segundo porque ambas retratam as mudanças culturais que o mundo vem passando.
Ainda assim existem algumas diferenças. A começar pela diferença nos estilos de ambas. Enquanto Black Mirror pode ser considerada um suspense sobre mundos distópicos, Easy, por outro lado, está mais próximo da nossa realidade e tem o ritmo de uma comédia romântica. Ou melhor, uma comédia de relações, porque os episódios são centralizados no relacionamento entre os vizinhos de uma rua, entre dois irmãos, ou até mesmo entre uma babá e uma criança.
Uma série sobre os dilemas do século XXI. Esse é o melhor jeito de definir Easy, série da Netflix que já está na segunda temporada. De cara, podemos comparar Easy com Black Mirror. Primeiro pelo formato de antologia, e segundo porque ambas retratam as mudanças culturais que o mundo vem passando.
Ainda assim existem algumas diferenças. A começar pela diferença nos estilos de ambas. Enquanto Black Mirror pode ser considerada um suspense sobre mundos distópicos, Easy, por outro lado, está mais próximo da nossa realidade e tem o ritmo de uma comédia romântica. Ou melhor, uma comédia de relações, porque os episódios são centralizados no relacionamento entre os vizinhos de uma rua, entre dois irmãos, ou até mesmo entre uma babá e uma criança.
Uma outra diferença é a influência que a tecnologia tem nas tramas. Em Easy, há muito menos espaço para a tecnologia; e, em alguns episódios, ela sequer aparece. Mas, mesmo passando no século XXI, ela não faz falta. Ponto para o roteiro!
Falando em roteiro, o roteirista e diretor Joe Swamberg sabe onde começar e terminar cada história, sem muita enrolação. De forma concisa, a história termina quando o episódio acaba, sem deixar ganchos para os próximos episódios. Ainda assim, cada episódio permite que se crie um debate sobre as histórias. O que fazer quando dois irmãos e sócios têm planos diferentes para a empresa? Uma ateia pode ir à igreja? Uma feminista pode ter ciúmes da namorada? Essas são apenas algumas questões levantadas nos oito episódios do segundo ano.
Sem evoluir muito em relação à primeira temporada, o segundo ano de Easy traz alguns personagens de volta para um segundo ato, porém não há necessidade de ver os primeiros episódios para entender os novos.
Sobre a atuação, não existem grandes destaques para as atuações, que ficam em um tom médio, talvez para que o foco dos episódios seja justamente os dilemas enfrentados pelos personagens. A exceção fica para Danielle Macdonald, que interpreta a adolescente Grace, no sexto episódio. Sem falar muito, Danielle soube mostrar a evolução emocional e intelectual da sua personagem.
Porém, em alguns momentos, há uma quebra de ritmo nas atuações. Fica a impressão de que houve espaço para os atores improvisarem e que alguns, como Dave Franco e Kiersey Clemos, não conseguem dar conta do recado, ralentando as cenas.
Easy é uma série leve, em que cada história pode ser consumida como um petisco, em que o prato principal é o debate que virá depois.
Falando em roteiro, o roteirista e diretor Joe Swamberg sabe onde começar e terminar cada história, sem muita enrolação. De forma concisa, a história termina quando o episódio acaba, sem deixar ganchos para os próximos episódios. Ainda assim, cada episódio permite que se crie um debate sobre as histórias. O que fazer quando dois irmãos e sócios têm planos diferentes para a empresa? Uma ateia pode ir à igreja? Uma feminista pode ter ciúmes da namorada? Essas são apenas algumas questões levantadas nos oito episódios do segundo ano.
Sem evoluir muito em relação à primeira temporada, o segundo ano de Easy traz alguns personagens de volta para um segundo ato, porém não há necessidade de ver os primeiros episódios para entender os novos.
Sobre a atuação, não existem grandes destaques para as atuações, que ficam em um tom médio, talvez para que o foco dos episódios seja justamente os dilemas enfrentados pelos personagens. A exceção fica para Danielle Macdonald, que interpreta a adolescente Grace, no sexto episódio. Sem falar muito, Danielle soube mostrar a evolução emocional e intelectual da sua personagem.
Porém, em alguns momentos, há uma quebra de ritmo nas atuações. Fica a impressão de que houve espaço para os atores improvisarem e que alguns, como Dave Franco e Kiersey Clemos, não conseguem dar conta do recado, ralentando as cenas.
Easy é uma série leve, em que cada história pode ser consumida como um petisco, em que o prato principal é o debate que virá depois.
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