por Filipe Fernandes
Depois de lançar séries na ABC e na Netflix, o Universo Marvel lança uma nova série em uma nova plataforma. Runaways chega à plataforma de streaming Hulu adaptando a HQ de seis adolescentes que ao descobrirem que os seus pais fazem parte de um grupo de supervilões chamado Pride, se unem para tentar combatê-los.
Em relação a história, o roteiro da série é bem construído. A separação entre o bem e o mal dos primeiros episódios vai se desfazendo e os personagens (tanto os pais quanto os filhos) vão se tornando mais humanos.
Além disso, há uma boa evolução da história ao longo dos episódios, de modo que a temporada consegue concluir vários arcos de uma forma satisfatória. Naturalmente, algumas questões ficam abertas para a segunda temporada (já confirmada), porém nenhuma que realmente faria falta, caso a série tivesse sido cancelada.
Quanto a construção dos personagens, a série deixa muito a desejar, não em relação aos cinco personagens principais, que convencem no papel. O grande defeito fica na construção dos pais, que possuem uma personalidade inconstante (ainda mais que a dos adolescentes). Tina Minoru, por exemplo, começa como uma mulher amargurada pela perda da filha, mas de repente se recupera e decide salvar seu casamento. Ela nem ao menos fraqueja quando descobre que o marido tinha um caso com outra mulher. Porém, esse defeito consegue ser amenizado pelas excelentes atuações, que tornam as falhas do texto menos sofríveis.
Outro destaque fica por conta da caracterização dos personagens. Atendendo às pautas do novo século, a série é protagonizada por um atleta, uma loira, um negro, uma latina, uma oriental e uma ativista. O quesito diversidade foi priorizado, mas sem parecer panfletário.
Como parte do Universo Marvel, a série consegue se sustentar, principalmente nos últimos episódios, quando detalhes da trama se relacionam com a de Defensores, da Netflix. Vale destacar que Hulu e Netflix são concorrentes, o que só reforça o esforço da Marvel em manter uma coesão em sua produções, porém sem exigir que a audiência tenha assistido a todas as produções do cinema ou da TV.
No final das contas, Runaways é uma divertida série teen, onde os personagens apresentam habilidades especiais. Definitivamente, ainda não se tornaram heróis, mas estão tentando encontrar o caminho para lá.
No Brasil, a primeira temporada estreia dia 20 de fevereiro, às 20h, pela Sony.
Depois de lançar séries na ABC e na Netflix, o Universo Marvel lança uma nova série em uma nova plataforma. Runaways chega à plataforma de streaming Hulu adaptando a HQ de seis adolescentes que ao descobrirem que os seus pais fazem parte de um grupo de supervilões chamado Pride, se unem para tentar combatê-los.
Em relação a história, o roteiro da série é bem construído. A separação entre o bem e o mal dos primeiros episódios vai se desfazendo e os personagens (tanto os pais quanto os filhos) vão se tornando mais humanos.
Além disso, há uma boa evolução da história ao longo dos episódios, de modo que a temporada consegue concluir vários arcos de uma forma satisfatória. Naturalmente, algumas questões ficam abertas para a segunda temporada (já confirmada), porém nenhuma que realmente faria falta, caso a série tivesse sido cancelada.
Quanto a construção dos personagens, a série deixa muito a desejar, não em relação aos cinco personagens principais, que convencem no papel. O grande defeito fica na construção dos pais, que possuem uma personalidade inconstante (ainda mais que a dos adolescentes). Tina Minoru, por exemplo, começa como uma mulher amargurada pela perda da filha, mas de repente se recupera e decide salvar seu casamento. Ela nem ao menos fraqueja quando descobre que o marido tinha um caso com outra mulher. Porém, esse defeito consegue ser amenizado pelas excelentes atuações, que tornam as falhas do texto menos sofríveis.
Outro destaque fica por conta da caracterização dos personagens. Atendendo às pautas do novo século, a série é protagonizada por um atleta, uma loira, um negro, uma latina, uma oriental e uma ativista. O quesito diversidade foi priorizado, mas sem parecer panfletário.
Como parte do Universo Marvel, a série consegue se sustentar, principalmente nos últimos episódios, quando detalhes da trama se relacionam com a de Defensores, da Netflix. Vale destacar que Hulu e Netflix são concorrentes, o que só reforça o esforço da Marvel em manter uma coesão em sua produções, porém sem exigir que a audiência tenha assistido a todas as produções do cinema ou da TV.
No final das contas, Runaways é uma divertida série teen, onde os personagens apresentam habilidades especiais. Definitivamente, ainda não se tornaram heróis, mas estão tentando encontrar o caminho para lá.
No Brasil, a primeira temporada estreia dia 20 de fevereiro, às 20h, pela Sony.
Comentários
Postar um comentário